Londres - Sua posição no ranking já não é a mesma, seu número de títulos diminuiu e ele se viu obrigado a abrir mão do posto de número um do mundo, mas, quando se trata de Wimbledon, o torneio inglês que começa na segunda-feira, Pete Sampras será o homem a ser vencido.
Campeão sete vezes do torneio, o tenista não vence um Grand Slam na grama desde 1997, mas aos 29 anos ele acredita ainda ter as qualidades necessárias para bater qualquer um no piso verde e liso.
``Há vários bons jogadores jovens, mas nenhum que realmente me assuste. Andre Agassi é o único que pode me vencer quando estou jogando bem. Sobre Safin (Marat Safin) e Kuerten (o brasileiro Guga, número um do mundo), mesmo levando-se em conta que já tenham me vencido, sinto que tudo depende de mim. Não sou apenas um cara grande com um saque potente e nada mais. A cada semana o jogo fica mais difícil, mas quando estou jogando, é difícil para os caras me vencerem'', disparou o tenista.
``Quando estou jogando bem, não há ninguém que não consiga vencer'', diz Sampras, que perdeu para Lleyton Hewitt nas semifinais do tradicional torneio de aquecimento no Queen's Club.
A derrota deixa o norte-americano, que bateu em 1998 um recorde por permanecer por seis anos consecutivos como o número um do mundo, sem nenhum título neste ano.
Mas esse fato não valerá de nada quando os portões do All England Club se abrirem na segunda-feira.
Depois de conquistar seu sétimo título em Wimbledon e ter batido o recorde de Grand Slams ao conquistar seu 13o em um dramática partida em quatro sets contra Patrick Rafter no ano passado, Sampras poderia se aposentar amanhã e seria considerado o maior jogador da história.
E o tenista admite estar cansado das turnês e que seu casamento com Bridget Wilson deu-lhe novas prioridades, afastando-o da busca cega pela posição de número um.
``Acho que é hora de outra pessoa assumir o trono'', afirma Sampras. ``Estou diminuindo o ritmo um pouco. Quando se fica mais velho, percebe-se que há prós e contras nesta vida. Não me entenda mal. Adorei o tempo em que estive lá e acho que gostaria de voltar. Mas, definitivamente, esta vida cobra seu preço. Estive naquela situação em que tudo se resumia ao tênis e não acho que possa voltar lá. O tênis ainda é importante, mas de um outro modo, de um jeito mais controlado.''