Rio - Decidido a não jogar mais com a camisa do Vasco, Felipe garante também que não pensa entrar na Justiça para receber o que o Vasco lhe deve. Alem disso, o jogador, que está emprestado até o fim de agosto ao Palmeiras, sem o preço do passe fixado, revela que a torcida não importa e que mantém uma relação amistosa com Eurico Miranda.
Você pensa em retornar ao Vasco?
Felipe: Sinceramente, acho que seria bom para mim e para o Vasco que eu fosse negociado. O clube passa por problemas financeiros e o melhor seria vender meu passe para pagar as dívidas que estão se acumulando.
L!: Por falar em dívidas, você pretende acionar o Vasco na Justiça para o clube pagar o que lhe deve?
F: Não entrei e nem vou entrar na Justiça. Este não é um problema só do Vasco. Tirando o Palmeiras, o São Paulo, o Corinthians e o Cruzeiro, todos os outros times do país estão pagando com atraso.
L!: A sua vontade é permanecer em São Paulo?
F: Me adaptei bem à cidade e pretendo continuar por lá. Mas não estou pensando nisso agora. Estou de férias até o dia 2 de julho e só então pensarei na minha transferência. A única coisa que decidi é que não jogarei mais na lateral. Quero atuar como segundo cabeça-de-área.
L!: Nesta posição a sua habilidade não seria prejudicada?
F: Na lateral é pior. Tenho que ficar preso à marcação dos pontas. No meio, posso agredir mais.
L!: Recente pesquisa na Internet mostra que apenas 16% dos vascaínos querem seu retorno ao Vasco. A que você atribui essa rejeição?
F: Não me preocupo com a torcida. Acho que o torcedor do Vasco tem muito o que me agradecer. Além disso, eles sempre ficam muito deslumbrados com os jogadores que chegam de fora.
L!: Quais foram os reais motivos de sua saída do Vasco?
F: Assim é fogo. Todos sabem que foram muitos problemas.
L!: Mas quais foram eles?
F: Não quero responder.
L!: Como é sua relação com Eurico Miranda?
F: Normal. Depois do Edmundo, era comigo com quem ele mais falava. Até hoje não tenho nada contra ele.
L!: Como foi a sua adaptação a São Paulo?
F: Foi muito boa. Fui muito bem recebido pelos companheiros e por todos lá no Palmeiras.
L!: E Seleção?
F: Não tenho pressa. A minha hora, com certeza, chegará.