São Paulo - Em clima de confiança a Seleção Brasileira entra em quadra nesta sexta-feira para enfrentar a Russia na semifinal da Liga Mundial. Antes de Brasil e Russia, Itália e Iugoslávia jogam no ginásio Spodek pelo direito a uma vaga na final - o jogo está marcado para as 12h30 (horário de Brasília).
Nesta quinta-feira o time brasileiro fez um treino leve à tarde e na preleção o técnico Bernardinho chamou atenção para o posicionamento do bloqueio. Ele não quer simplesmente que os bloqueadores tentem ganhar altura esticando os braços e sim que eles façam um bloqueio invadindo, com as duas mãos do outro lado da quadra.
Bernardinho se preocupa especialmente com o atacante Yakovlev, número 10, que segundo ele, tem um temperamento explosivo. “Se soubermos dar a pressão nele, ele é instável emocionalmente e se entrega. Se não, ele se transforma em um verdadeiro monstro no ataque", afirmou.
O treinador brasileiro diz que ainda não conseguiu encontrar um ponto fraco no time russo.
"Eles são fortes em tudo. Talvez não tenham muita habilidade para saírem de situações difíceis, sejam um pouco metódicos demais, mas são muito eficientes".
No fim da tarde, mais uma sessão de vídeo para finalizar a parte tática e à noite a equipe ganhou um jantar for a do hotel, para quebrar um pouco a rotina.
“Vamos liberar um pouco, porque estamos comendo a mesma coisa desde que chegamos, há quatro dias", explicou o supervisor José Ignácio.
Brasil e Russia já se enfrentaram muitas vezes nos últimos anos - a última vez foi nas finais da Liga Mundial, na Holanda e o Brasil venceu por 3 a 2. Jogo entre as duas equipes é sempre muito difícil, mas entre as equipes da elite do vôlei mundial, o tipo de jogo da Rússia é talvez o que mais facilidades oferece ao Brasil. Apesar de ter jogadores muito altos, principalmente os atacantes de meio - Kazakov mede 2,17m e Egotchev, 2,05m - faz um jogo lento e de bolas altas.
E o Brasil pode neutralizar o bloqueio se conseguir jogar com velocidade no ataque.