Rio - Sorriso no rosto e uma sensação de alívio. Foi assim que o atacante Hernande sentiu-se na sexta-feira, no Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, em Bangu, ao assinar um contrato até o fim do ano com o Botafogo.
Há seis meses preso, o jogador cumpre pena de três anos pelo atropelamento de quatro pessoas, em 1995, no Méier. "Posso dizer que é uma nova chance, uma luz no fim do túnel. Vou agarrar com tudo e mostrar o meu futebol. Prometo que o Botafogo não vai se arrepender", disse.
O advogado de Hernande, Jorge Luis Ministro, já entregou os documentos à juíza Ana Paula Barros, da Vara de Execuções Penais (VEP). Segundo ele, a liberação do atacante vai acontecer após o chefe da fiscalização da VEP, Levin Nunes, conferir a veracidade da proposta de trabalho. "A nossa expectativa é que até segunda ou terça-feira da próxima semana ele esteja em liberdade".
Hernande ficará em regime semi-aberto, e terá que se apresentar diariamente no presídio, em horário estipulado pela juíza, para dormir. Em caso de o atacante viajar para disputar alguma partida, o clube terá que fazer um pedido à VEP.
Feliz com a chance de reconstruir a sua vida, Hernande vem treinando diariamente no presídio e acha que não terá problemas para recuperar a forma física. "Em 20 dias eu já estarei em condições de participar dos coletivos. Eu chego para somar e levantar a estrela. Tirar do apagão", garante.