Rio - A diretoria do Tricolor gaúcho abriu uma nova frente de batalha no caso Ronaldinho Gaúcho e está em marcha acelerada para estragar a festa do craque, que assinou, no último fim de semana, contrato com o Paris Saint-Germain, da França. O vice-presidente de Assuntos Extraordinário do Grêmio, Jaime Eduardo Machado, viajou ontem a Buenos Aires, onde entrará em contato com Comitê Executivo da Fifa, que está realizando uma reunião de três dias na capital argentina.
Machado pretende pavimentar o terreno para que a entidade máxima do futebol mundial não conceda o atestado liberatório de Ronaldinho Gaúcho, pois este ainda se encontra em litígio com o Grêmio.
A partir das 15h desta quinta-feira, outro capítulo da briga entre Grêmio e o atacante começará, mas desta vez em Porto Alegre: na 26º Vara da Justiça do Trabalho, a juíza Mara Antônia Loguércio ouvirá três testemunhas do caso Ronaldinho Gaúcho, entre elas o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Emídio Perondi. Na pauta da audiência, também constará o pedido de nulidade da fixação do passe do craque, impetrada pelo advogado Sérgio Neves. O Grêmio fixou o passe de Ronaldinho Gaúcho em R$ 84 milhões, e sem o pagamento deste montante, o jogador está impedido de atuar em outro clube.
Sérgio Neves chegou a sugerir, na manhã desta quinta-feira, que seu cliente ainda não teria assinado contrato com o PSG. Essa versão é contestada pelo vice-presidente jurídico do clube gaúcho, Homero Belline Jr., que vê nela a tentativa de preservar o jogador. Informações que chegam da França confirmam a assinatura do contrato.
Belline Jr. garantiu que, caso haja acordo entre as parte, o Grêmio não admitirá receber um valor baixo.
”Se aceitarmos pouco dinheiro, isso nos desmoralizará perante os nossos torcedores. Por isso, se tivermos que ficar lutando por dez anos ou mais, não vamos fugir da raia”, afirmou Belline Jr.