Rio - Na luta com o Grêmio para conseguir sua liberdade, Ronaldinho sofreu mais uma derrota nesta quinta-feira. O juiz-relator do Tribunal Regional do Trabalho Fabiano Bertolucci julgou improcedente o pedido de impugnação da liminar que o impede de jogar pelo Paris-Saint Germain.
O advogado do jogador, Sérgio Neves, havia pedido o julgamento da liminar ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. Mas, na semana retrasada, o TST limitou-se a pedir ao TRT, em Porto Alegre, que julgasse o recurso do advogado com a máxima urgência.
Pelo argumento de Sérgio Neves, Ronaldinho deveria ser liberado para trabalhar, como lhe garante a Constituição, e o Grêmio e o PSG continuariam discutindo o valor da indenização.
Com a decisão de ontem, permanece valendo o parecer da juiza Mara Loguércio, da 26ª Vara da Justiça do Trabalho: Ronaldinho tem o direito de jogar onde quiser, mas antes o Grêmio terá que receber indenização, em princípio fixada em R$ 84 milhões.
O advogado Neves minimizou a decisão do juiz-relator e expôs a sua confiança de que Ronaldinho em breve estará em campo, disputando o campeonato francês. A Fifa tem interesse em mediar o conflito. Está marcada para a próxima semana, em Zurique, na Suíça, a primeira reunião entre representantes dos dois clubes e o secretário-geral da entidade, Michel Zen-Ruffinem.