Santos - Que o Santos atravessa uma situação financeira difícil, não é segredo para ninguém. “Da mesma forma que todos os clubes brasileiros”, faz questão sempre de lembrar, o presidente Marcelo Teixeira.
Mas será que a situação está tão difícil quanto a da Prefeitura de São Paulo? A julgar pelas declarações de alguns jogadores, sim. Robert, por exemplo, compara Teixeira com a prefeita da capital Marta Suplicy.
“A gente sente boa vontade da diretoria em reforçar o elenco, mas não está fácil. O presidente está tentando, mas as dificuldades do Santos não são novas. Estão vindo de outras administrações. É como a Marta Suplicy em São Paulo. Herdou uma série de dívidas”, justifica o meia do Peixe.
Segundo balanço realizado pelo clube (e que ainda será votado pelo Conselheiro Deliberativo), os débitos santistas chegam na casa dos R$ 53 milhões. Somente no primeiro ano da administração Teixeira, os números apontam um prejuízo de R$ 13 milhões.
“Os jogadores que estão há mais tempo no clube sabem das dificuldades que enfrentamos”, justifica o presidente, concordando com a análise de Robert.
O meia é, entre os integrantes atuais do elenco, quem conhece melhor os corredores da Vila Belmiro. Na equipe desde 95, ele já enfrentou todas as fases da equipe. Desde os anos de gastos excessivos (especificamente em 2000) como os períodos de economia de guerra (atualmente). Robert deixou o Peixe em 97 e retornou no início do ano passado.
“O clube mudou muito. Quando cheguei aqui pela primeira vez, não tinha Centro de Treinamento e a estrutura era bem pior do que é hoje. Mas ainda tem muito a evoluir”, reconhece o jogador, o único remanescente da época em que a equipe treinava no estádio.