São Paulo - A briga entre o goleiro Rogério Ceni e o presidente do São Paulo, Paulo Amaral, parece estar caminhando para paz. Pessoas ligadas a Ceni afirmaram que o goleiro vai se reunir com o presidente Paulo Amaral e com o diretor de futebol José Dias, na manhã desta segunda-feira, no Estádio do Morumbi, para colocar uma pedra em cima de toda a confusão.
Rogério pediria desculpas aos dirigentes, que em contrapartida, abririam mão da suspensão de 28 dias para revertê-la em multa. Assim, o goleiro já poderia atuar na partida de quarta-feira, contra o Peñarol, estréia do Tricolor na Copa Mercosul.
Na apresentação do zagueiro Emerson, no último sábado no CCT da Barra Funda, o presidente Paulo Amaral já dava sinais de que isso realmente pudesse acontecer.
“Foi uma decisão muito dolorosa para mim. Como são-paulino estou muito triste com a suspensão do Rogério Ceni. Não consegui dormir direito nos últimos dias”, disse o presidente Paulo Amaral, mostrando-se bem abatido com a atual situação. Nem o apoio das torcidas organizadas do São Paulo deixou Paulo Amaral mais animado.
Sem se manifestar oficialmente após a suspensão, o goleiro Rogério Ceni pode estar acertando sua situação com os comandantes do Tricolor.
Antes de ser punido com o gancho de 28 dias sem salário pelo presidente do São Paulo, Ceni já se manifestava a favor do perdão. O goleiro chegou a afirmar que não processaria Amaral e não se preocupava mais com uma retratação pública.
Alheio a toda a confusão, o goleiro Roger segue trabalhando normalmente com o resto do elenco do São Paulo, no CCT da Barra Funda. Ele aguarda com muita ansiedade o desfecho da briga.
“Tenho que trabalhar firme todos os dias. Não interessa se eu vou ou não ser titular, minha obrigação é trabalhar”, afirma Roger, que está completamente recuperado das dores lombares.
Nem uma possível volta do titular Rogério Ceni desanima o reserva Roger, que está dando apoio ao seu companheiro de clube.
“O Rogério Ceni é um grande amigo e um excelente goleiro. Sei que ele é o titular do São Paulo. Mas o que realmente importa é que faço parte desse grupo maravilhoso”, diz.
Roger já passou por uma situação de exclusão parecida em 1999, quando o treinador do São Paulo era Paulo César Carpegiani e proibiu o goleiro de posar nu para uma revista gay. “É muito difícil você ser excluído do grupo. Sei como o Rogério está se sentindo”, desabafa Roger.