Belo Horizonte - O presidente do conselho deliberativo e homem forte do futebol do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, participou da reunião do Clube dos Treze, segunda-feira, em São Paulo, e saiu dizendo que não concorda com a atual divisão de cotas de transmissão do Campeonato Brasileiro. Segundo ele, não há explicação para que o Atlético receba um valor inferior ao de Vasco, Palmeiras e São Paulo.
“O Atlético sabe o tamanho que tem e vai brigar contra as imposições do Clube dos Treze. Estamos solitários nessa luta, apesar de muitos outros times estarem sendo prejudicados. Não quero servir de mártir do futebol brasileiro, mas disse, olhando nos olhos do Fábio Koff, que o Atlético não aceitará decisão de alcova. Quero saber que critério foi utilizado para classificar o Atlético como sendo menor que o Vasco, o Palmeiras e o São Paulo na divisão das cotas”, disse Kalil.
Ainda segundo o dirigente atleticano, para determinar a divisão das cotas de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro desse ano, o Clube dos Treze levou em conta a grade de televisionamento da Copa João Havelange, na qual o Atlético ficou apenas na 20ª colocação e teve poucos jogos transmitidos.
“Não resta dúvida de que eles utilizaram um critério fisiológico, para dividir as cotas esse ano. Na criação da Liga de Clubes, esse assunto terá que ser bem esclarecido, pois se fizermos um levantamento de todos os campeonatos brasileiros, analisando público, renda e pontuação, veremos que o Atlético está na frente de todos esses clubes que têm cotas maiores que as nossas e não aceitaremos que essa fórmula seja utilizada em 2002”, concluiu Kalil.