Curitiba - Enquanto aguarda a definição sobre seu futuro, o meia Alex mantém a forma treinando no Coritiba, sua primeira equipe. Em entrevista exclusiva, ele volta a dizer que pretende ficar no Palmeiras, que não teme ficar marcado pelos pênaltis perdidos na Libertadores e que não há explicação para o vexame brasileiro na Copa América. “É igual batom em cueca. Não tem explicação”, brinca o jogador.
Quando será resolvida a sua situação e como você está reagindo a essa indefinição?
Alex: Na terça-feira (amanhã) terei uma reunião com a Parmalat para definir isso. É chato. Já é o segundo ano que isso acontece. Pelo menos, agora, já tenho uma direção. No ano passado não tinha e fui parar no Flamengo.
L!: Por que o Parma não o aproveita?
A: O Parma quer tudo e não quer nada. A história é muito longa e complicada. Nem eu consigo entender. Eles pagaram milhões de dólares por mim e nunca deram uma posição final.
L!: Em caso de empréstimo, a sua opinião vale para alguma coisa?
A: Posso opinar em certos aspectos. Tem coisas legais que posso explorar bem, mas não posso divulgar.
L!: E quais as chances de você ficar no Palmeiras?
A:Existe uma possibilidade de eu ficar no Palmeiras. Para mim, é de bom grado. O clube foi um marco na minha carreira, foi o lugar em que realmente comecei a aprender. Foi lá que veio a cobrança de verdade. Tive projeção mundial, Seleção e títulos. Devo ao Coritiba a abertura de portas e ao Palmeiras a projeção mundial.
L: Você teme ficar marcado no Palmeiras pelos pênaltis perdidos na Copa Libertadores?
A: Estou na história do Palmeiras. Conquistei três títulos inéditos. Não sei como ficou essa história dos pênaltis. Posso até ficar marcado, mas acredito que as pessoas vão lembrar de mim pelos títulos.
L: Como era a relação do grupo com o técnico Celso Roth?
A: Não tinha atrito, mas também não tinha elo de amizade. A ligação era totalmente profissional.
L: O que aconteceu com a Seleção na Copa América, principalmente contra Honduras?
A: Não adianta ficar lamentando a derrota para Honduras. Infelizmente aconteceu. Isso é como batom em cueca, não tem explicação. Se nós formos analisar a história das duas seleções, fica pior. O Brasil é a maior seleção e Honduras não tem história.
L: Você acha que uma vitória sobre o Paraguai vai amenizar a situação?
A: Mesmo que a Seleção ganhe o amistoso contra o Panamá ou o jogo contra o Paraguai, não vai tirar a imagem que ficou da derrota. Precisamos marcar mais em campo, jogar mais futebol. Cada jogador precisa ser fiel ao futebol brasileiro. A verdade é que não jogamos o que sabemos.
Por que você acha que os jogadores não estão rendendo o que podem?
A: Porque perdemos a confiança. Ela só vai retornar com resultados. O povo não confia mais na Seleção também. Além do que, o esporte sempre foi a válvula de escape do brasileiro. Enfrentamos problemas financeiros (com o salário mínimo baixo), políticos e agora ainda tem o apagão. Então, cai uma sobrecarga sobre os jogadores que vêm de fora do campo. E isso só vai ser resolvido vencendo.
L: Como você avalia os últimos técnicos da Seleção Brasileira?
A: Não posso avaliar o Leão porque foram só dois jogos com ele. Considero o Wanderley um baita treinador. O Wanderley e o Felipão são do mesmo quilate. A única diferença é que o Felipão procura mais a amizade.