Belo Horizonte - A Polícia Militar de Minas Gerais vai cobrar da Federação local de futebol, dos clubes e da Administração dos Estádios do estado (Ademg) uma taxa referente à cada hora de policial em serviço para a realização dos jogos. Os valores serão igualmente divididos entre as três instituições.
A decisão se baseia no artigo 144 da Constituição Estadual de Minas Gerais, referente à cobrança de taxas para a garantia da segurança pública, que determina às instituições privadas o pagamento pelo trabalho dos policiais em serviço nos eventos promovidos por elas. A lei é de 1995, por isso as três instituições devem pagar pelos jogos que aconteceram nos últimos seis anos.
De acordo com o Comandante de Estado Maior da Polícia Militar, coronel Severo Augusto, a cobrança será feita a partir de agora porque a PM conseguiu uma autorização, através de um parecer da Procuradoria Geral do Estado, que determina o pagamento.
Os clubes concordam com o pagamento da taxa, mas houve muita discussão quanto ao seu valor. Na segunda-feira, a PM propôs que fossem pagas sete Ufir por hora de trabalho de cada policial, o que significaria cerca de R$ 21 mil por seis horas de trabalho de 400 homens (o que seria necessário para uma partida com um público de 20 mil pagantes).
Os clubes consideraram os valores da proposta inicial abusivos, mas nesta terça-feira chegaram a um acordo com a PM. Os preços diminuíram, mas os clubes e a polícia não quiseram dizer quais valores serão praticados. A taxa não é fixa e depende da previsão do público, que deverá ser encaminhada à PM antes do início do policiamento.