Rio - Ao assumir a Seleção Brasileira, em 13 de junho, Luiz Felipe Scolari prometeu que iria tentar manter uma base de, no máximo, 30 jogadores, numa espécie de alfinetada em seus dois antecessores, Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão, muito criticados por chamar jogadores demais. Passados quase dois meses, a equipe de Felipão ainda não conseguiu engrenar e vem se caracterizando por repetir erros já conhecidos pelos torcedores.
Em duas convocações para as Eliminatórias Sul-Americanas (derrota de 1 a 0 para o Uruguai, em 1º de julho, e a decisiva partida contra o Paraguai, no dia 15), Felipão já chamou 31 jogadores, não levando-se em conta as mudanças na lista por lesões ou ausências de jogadores.
O número do atual treinador da Seleção supera os de seus antecessores. Em duas convocações nas Eliminatórias (empate em 0 a 0 com a Colômbia, em 28 de março de 2000, e vitória de 3 a 2 sobre o Equador, em 26 de abril do mesmo ano), Luxemburgo chamou 23 atletas, bem menos do que Leão, que ficou perto de Felipão, ao apresentar 30 nomes diferentes para os jogos contra Colômbia (vitória de 1 a 0, em 15 de novembro de 2000) e Equador (derrota de 1 a 0, em 28 de março deste ano).
Em busca de uma identidade, lembrando os tempos em que o torcedor sabia de cor a escalação, a Seleção volta a se reunir hoje, de olho no amistoso contra o Panamá, quinta-feira, em Curitiba, e na partida de vida ou morte contra o Paraguai, dia 15, em Porto Alegre, pelas Eliminatórias para a Copa. A apresentação acontecerá às 11h, na capital paranaense, e à tarde o grupo faz o primeiro treino no CT do Atlético Paranaense, sob o comando de Felipão.