Rio - O vice-presidente do Corinthians, Antônio Roque Citadini, afirmou na manhã desta quinta-feira, em entrevista à Rádio Jovem Pam, que o meia Marcelinho não irá se transferir para o Santos e sim para o clube que o Corinthians achar melhor.
Ainda segundo a rádio, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo Farah, havia afirmado que a única pessoa, no Corinthians, que está barrando a transferência do Pé-de-Anjo, para a Vila Belmiro, era Citadini.
Farah teria afirmado que os diretores da Hicks Muse Tate& Furst, que administra o futebol do clube, concordaram em emprestar o meia para o Peixe, mas mediante o pagamento da dívida de R$1,2 milhão, que o Santos deve ao Timão, referente ao caso Rincón. O problema no Parque São Jorge, segundo Farah, seria o Citadini, que defende a idéia de não emprestar Marcelinho para os grandes clubes paulista.
“Estou apenas defendendo um contrato legítimo. O Corinthians tem o direito de, com o jogador, escolher o clube que ele vai jogar. Mas sempre tem que prevalecer o interesse do Corinthians. Não existe um interesse unilateral do jogador. Ele pode escolher onde vai jogar quando não tem contrato assinado. E outra, o contrato dele no Corinthians é muito caro”, rebateu Citadini.
Sobre um possível boicote ao jogador, que poderia colocar em xeque a permanência do treinador Wanderley Luxenburgo e a do dirigente, no Corinthians, caso assinasse com algum grande clube paulista, Citadini disse não estar preocupado pois o único clube capaz de proporcionar status ao jogador é o Corinthians. “Ele não vai encontrar outro clube com a visibilidade do Corinthians. O impacto social aqui é maior que em qualquer outro clube; mesmo Santos, Palmeiras e São Paulo. Nenhum outro clube dá a projeção do Corinthians”, ressaltou o dirigente.
O cartola afirmou ainda que não teme pressão da torcida, que pede a volta do Pé-de-Anjo ao time. Citadini deixou claro que tem agido com coerência pois sempre defendeu o meia. “Ninguém defendeu o Marcelinho como eu, mas na pré-temporada ele tumultuou muito o ambiente. É natural que a torcida queira o marcelinho no time, mas ele não agiu como profissional que é. Antes de ele ser afastado, nós levamos tudo isso em consideração e achamos melhor tomarmos essa medida”, acrescentou o cartola.
Citadini disse que a permanência do craque no Parque São Jorge está vetada. A intenção dos diretores é emprestar o jogador por um período de seis a doze meses, para depois reintegrá-lo a equipe novamente. “O Marcelinho tem um contrato assinado por quatro anos e por isso decidimos que ele deve ser emprestado por seis a doze meses”.
Com relação às criticas de maus tratos ao representante do Santos, nas negociações, Clodoaldo Tavares Santana, Citadini disse que não o recepcionou mal, apenas não foi avisado da sua visita ao Parque São Jorge. “Disse a ele que só o estava recepcionando pelo atleta que foi e não porque era representante do Santos. Disse que não tinha nada para falar com o Santos sobre o Marcelinho. Falei que tinha uma reunião na terça-feira e que qualquer coisa eu ligaria. Na terça-feira fui avisado que o Clodoaldo estava me esperando, mas novamente ele foi sem avisar”, finalizou Citadini.