Rio - O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), presidente da CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, concedeu entrevista coletiva no fim da tarde desta quarta-feira rebatendo as acusações feitas pelo advogado Luis Roberto Barroso, que representa a CBF, contra a Comissão.
Barroso disse que não responderia perguntas sobre a CPI por entender que a mesma deixou a imprensa ter acesso a dados relativos aos sigilos bancário e fiscal do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o que é ilegal. Álvaro lembrou que a CPI já teve seu trabalho contestado antes e seguiu adiante nas suas investigações.
“A tentativa de desqualificar a CPI, classificando-a como inconstitucional, não me surpreende. Lembro que o mesmo ocorreu no início dos trabalhos da Comissão e que o Supremo Tribunal Federal, na oportunidade, se pronunciou pela sua constitucionalidade”, afirmou Álvaro.
O senador lembrou ainda que a CBF deve ser investigada sim, apesar de ser uma empresa privada. “A CBF tem função pública, administrando o futebol por outorga de lei delegada e que, por isso, tem que estar sujeita a investigação do Legislativo. Ressalto que o Legislativo, por ser o poder que elabora a legislação do desporto, deve ser também o que fiscaliza as suas atividades”, afirmou Álvaro.