Rio – A diretoria do Atlético-PR anunciou nesta segunda-feira que o clube irá entrar com uma ação judicial contra o Vasco, devido do tumultuado jogo do último domingo, em São Januário. Marcus Coelho, presidente do clube paranaense, está à frente do assunto.
“Estamos estudando a melhor forma para que sejamos devidamente reparados pelos prejuízos ocorridos durante a partida. Não vamos aceitar passivamente o resultado do jogo do domingo”, declarou. A ação ainda está sendo preparada e deverá ser impetrada até o final desta semana. Segundo o diretor de futebol do Atlético-PR, Samir Haiddar, tudo o que aconteceu no estádio comprova a total irresponsabilidade da diretoria do Vasco da Gama.
“A situação estava armada desde antes do jogo. Eu ouvi o sr. Eurico Miranda ameaçar o árbitro Wilson de Souza Mendonça para ter a certeza de que a partida só começaria após as 15h. Ele disse claramente que as consequências para ele (árbitro) seriam graves se o jogo começasse antes”, afirmou Haiddar, que estava acompanhando o time no Rio de Janeiro.
Ele disse ainda que, além da conivência do árbitro, o time do Atlético ficou refém de toda a diretoria e seguranças do Vasco. - Chegaram ao cúmulo de nos trancar no vestiário, impedindo a nossa entrada em campo. E quando entramos, o campo foi invadido. Isto não pode ocorrer”, desabafou.
Haiddar ressaltou que estas circustâncias atípicas acabaram por desestabilizar emocionalmente os jogadores do Atlético-PR, cuja base é formada por jovens.
“Estávamos com cinco jogadores com idades variando entre 17 e 18 anos, estreantes numa partida como a do Vasco. Tudo contribuiu para que perdêssemos o jogo” disse.
O dirigente assegurou, entretanto, que a derrota para o Vasco não vai trazer nenhum prejuízo ao técnico Mário Sergio.