São Paulo - Acuado, o técnico Wanderley Luxemburgo procurou apoio nos líderes da Gaviões da Fiel, maior organizada corintiana. Nesta quinta-feira, o treinador recebeu em uma sala do departamento de futebol do clube, no Parque São Jorge, quatro integrantes da torcida, incluindo o presidente Marcelo Caetano Carreiro, o Pantcho.
Desde junho do ano passado, quando líderes da torcida invadiram área restrita aos jogadores para cobrar reação após a eliminação na Copa Libertadores para o Palmeiras, o que provocou a saída de Edílson, torcedores não entravam no local. “Conversamos numa boa. A idéia deles é ajudar”, afirma Luxa, que saiu da reunião com os olhos marejados.
Além do presidente Marcelo Pantcho, participaram do encontro com o treinador os conselheiros Ozires Carlos Furtado, Alexandre Mônaco e Wilson dos Reis Julião. “Viemos apoiar o elenco e apoiar o Wanderley. Nosso papel é esse”, afirma Marcelo Pantcho, que evitou tomar posição no caso Marcelinho. “Cada corintiano pensa de uma forma. Não posso falar por milhões de torcedores. Isso está na mão da diretoria e a gente não vai interferir”.
Antes de receber os torcedores, Luxemburgo disse estar sendo vítima de protestos manipulados para que deixe o comando técnico corintiano. Luxa acredita que o boato de sua demissão, que correu na última terça-feira no clube, foi plantado por pessoas que querem derrubá-lo e crê na armação de protestos no estádio. “Vi três torcedores protestando no alambrado. Depois, os três no estacionamento. Não sei se é da torcida mesmo ou alguém mandado”.
Ricardinho, outro alvo dos protestos dos torcedores, ironizou. “Tem chato na família, em todo lugar. Na torcida também”.