Belo Horizonte - Os problemas do Cruzeiro não se restringem às quatro linhas. Além da fase adversa nos gramados, o clube mineiro vive uma crise de relacionamento com a parceira Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated. De acordo com uma informação extra-oficial, o casamento está próximo do fim. As partes, inclusive, já estariam discutindo uma rescisão amigável. O prazo máximo para o rompimento seria o mês de janeiro do ano que vem.
A diretoria do Cruzeiro admite que a parceria vai mal das pernas, mas não confirma a rescisão do contrato de dez anos: “A insatisfação da Hicks com as parcerias com Cruzeiro e Corinthians é um fato, mas, até o momento, não houve conversa sobre rescisão. A Hicks fez uma série de investimentos que poderão dar retorno a qualquer momento. Ela é nossa sócia nos passes de jovens promessas como Luizão e Alê, que, num futuro próximo, deverão render boas negociações”, argumenta o vice-presidente do clube, Alvimar Perrella.
Apesar disto, o dirigente não põe a mão no fogo sobre o futuro da parceria entre a HMTF e o Cruzeiro. “Não tenho bola de cristal e não arrisco dizer se vai durar ou não. Não sei o que a Hicks pensa”, admite.
A parceria começou em janeiro de 2000. O primeiro ano foi um fiasco: prejuízo de R$ 15 milhões. Para combater o déficit, o orçamento para 2001 foi reduzido em cerca de 30%: R$ 32 milhões contra R$ 44 milhões em 2000. Apesar do corte, o prejuízo estimado para este ano é de R$ 10 milhões, visto que o Cruzeiro fracassou na Libertadores, vai mal no Brasileiro e na Mercosul. A saída seria uma grande venda. Sendo assim, desde já na vitrine está o argentino Sorín, único jogador valorizado no mercado sobre o qual a Hicks detém 50% dos direitos de comercialização.