Santos - Antes de comandar seu primeiro coletivo como técnico do Santos, Cabralzinho reuniu o grupo no centro do campo. A conversa teve como objetivo ‘acelerar o processo de identificação’ do time com os torcedores. E para estes últimos, o treinador guardou a principal mensagem do dia: “Gostaria de pedir a colaboração da torcida, no sentido de não deixar o time esmorecer. Igual ao torcedor argentino. A Argentina estava perdendo para o Brasil e eles incentivaram o tempo todo”, solicitou o treinador, preparando os ânimos para a partida do próximo domingo, contra o América mineiro, na Vila Belmiro.
O comportamento ‘portenho’ dos exigentes torcedores vai na direção contrária ao que os santistas vêm fazendo nos últimos jogos. As primeiras vaias vindas das arquibancadas costumam surgir já no intervalo de jogo. Mas Cabralzinho acredita que a história pode ser diferente. “Os torcedores aqui na Vila Belmiro costumam apoiar. Foi assim em 95. Eles incentivaram a equipe o tempo todo contra o Fluminense (semifinal do Brasileirão daquele ano) e nós precisávamos fazer uma diferença de três gols”, raciocina.
Mas o céu hoje não é tão azul para o alvinegro quanto era há seis anos. Com a experiência de duas passagens pela Vila, o técnico conhece as exigências santistas. “É verdade. Na minha estréia em 95, ganhamos do Criciúma por 1 a 0 e mesmo assim saí vaiado de campo”, lembra, divertindo-se com o passado recente, mas esperando que não se repita.