Os carros da Ferrai entraram na pista do autofromo de Monza, na Itália, sem nenhum tipo de mensagem escrita em sua carenagem. Os carros da Ferrari foram para a pista hoje, pela primeira vez em 52 anos de existência na Fórmula 1, sem o símbolo do "cavalo rampanti". Além disso, os bicos dos tradicinais carros vermelhos, hoje, eram pretos.
"É pouco, mas queremos dar nossa modesta contribuição para demonstrar ao mundo nossa tristeza e repúdio em relação a tais atos", declarou Jean Todt, diretor esportivo da Ferrari. Michael Schumacher, de mau humor, se limitou a dizer: "No plano esportivo, tem sido uma sexta-feira como outra qualquer". Schumacher e seu irmão Ralf demonstraram contrariedade em correr nos EUA daqui a 15 dias.
Ao ser questionado se iria correr no GP de Indianápolis, dia 30, o tetracampeão demonstrou seu descontentamento. "Perguntem a Bernie (Ecclestone)", respondeu na quinta-feira. Ralf, seu irmão mais novo, foi mais direto. "É uma estupidez correr aqui e nos Estados Unidos. Se vamos a Indianápolis, espero que Bernie esteja no avião conosco", disse.
Todos teriam motivo para estar felizes em Monza. Os "tifosi" deveriam comemorar os títulos mundiais da escuderia Ferrari este fim de semana. Mas as bandeiras vermelhas com a figura do "cavalo", que é símbolo da Ferrari, não foram vistas esta sexta-feira durante os primeiros treinos. Não houve manifestações durante as passagens dos carros dos pilotos da equipe italiana, Michael Schumacher e Rubens Barrichello. Em memória à vítimas foi respeitado um minuto de silêncio ao meio-dia.
Esta sexta-feira, o alemão da Williams foi o mais rápido da primeira sessão de treinos, à frente de seu companheiro de equipe, o colombiano Juan Pablo Montoya, e de seu irmão Michael (Ferrari).