Rio - A análise que o Atlético Mineiro faz sobre as atuações do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBF não é nada favorável. Segundo João Batista Ardizone, vice-presidente jurídico do clube, o STJD é contra o futebol brasileiro, com exceção do carioca e do paulista, que desfrutariam de certos benefícios.
“O tribunal da CBF tem má vontade em relação ao futebol brasileiro como um todo, exceto ao eixo Rio-São Paulo, que é visto de forma diferenciada” disse Ardizone, para em seguida, direcionar suas críticas ao atual presidente do tribunal, Luiz Zveiter, e a Sérgio Zveiter, que também já foi presidente do órgão. “O tribunal está nas mãos de uma família, e quando um irmão não é desembargador no Rio, o outro já foi presidente da OAB-RJ, de forma que eles manipulam aquilo do jeito que querem”, afirmou o cartola.
“Um exemplo claro dessa conivência foi o que aconteceu com o Paraná, em São Januário. O presidente do Vasco invadiu o campo, acabou com o jogo e não aconteceu nada com ele. Presenciei, também, um julgamento do Rincón, então jogador do Corinthians, em que ele foi incurso no artigo 310 em dois processos e como já era reincidente específico, de acordo com a lei, deveria ter tomado quatro jogos de suspensão em cada processo. Porém, em um a pena foi de dois jogos e no outro, o procurador, simplesmente, retirou a denúncia”, concluiu Ardizone.