Curitiba - Os treinos da manhã e da tarde, realizados pela seleção brasileira em Curitiba nesta terça-feira, foram fechados ao público. A CBF vetou a entrada de torcedores no Centro de Treinamento do Atlético-PR, local da concentração, para não causar tumulto.
Os torcedores só terão duas oportunidades para ver a seleção antes do jogo do próximo dia 7, contra o Chile. Serão dois jogos-treinos beneficentes. Um acontece no Estádio do Pinheirão, às 15h30 desta quarta-feira. O ingresso é um brinquedo ou um quilo de alimento não perecível. Tudo o que for arrecadado será doado para entidades beneficentes do Paraná.
Na sexta-feira, o treinamento da tarde também será aberto ao público. Os jogadores farão o reconhecimento do gramado no Estádio Couto Pereira, local escolhido para o jogo de domingo. A entrada custará R$ 2,00 e a renda será revertida ao Hospital de Clínicas, da Universidade Federal do Paraná.
Mesmo sem acesso ao Centro de Treinamento, houve bastante gente procurando um jeito de ver a seleção. As irmãs Patrícia, 15 anos, e Suelen Barbosa, 13, escalaram o telhado da casa que dá fundos para o CT. Acompanhadas das primas Prisciane e Sarah, de 3 anos, elas observavam os jogadores.
``Já que não temos outra oportunidade de vê-los, temos que correr esse risco'', disse Patrícia.
Suelen afirmou que esta não é a primeira vez que fazem isso. ``Da outra vez que a seleção veio para cá, também assistimos tudo daqui. Acabou virando um camarote.'', explicou.
Havia também as torcedoras mais agitadas. Luana, 16 anos; Amanda, 13; Ruth, 15; e Franciele, 13, escreveram uma carta com mais de mil poesias para o atacante Denílson.
``Ele é muito bonito e joga muito bem. É a cara do Brasil'', afirmou Luana.
Edenilce Bonadin, de 15 anos, chegou a contar quantas páginas tinha a carta que preparou para o atacante do Bétis. ''São 236 páginas de papel sulfite com as frases 'Eu te amo' e 'Eu te adoro''', disse, orgulhosa.
Edenilce ficou cinco horas na fila para comprar o seu ingresso para o jogo, mas não reclamou. ``O bom é que vou estar lá''. E arriscou um palpite: ``Brasil 2 x 0''.