Rio - Mais um dirigente do Vasco não apareceu para depor na CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, alegando estar doente. Desta vez foi o presidente do conselho fiscal do clube, Geraldo Teixeira da Silva, que tinha depoimento previsto para as 10h desta quinta-feira. Geraldo enviou atestado médico à secretaria da Comissão alegando estar com hipertensão arterial.
A situação, que já está virando rotina quando o assunto é a diretoria do Vasco, causou um misto de ironia e revolta entre os senadores. De forma irônica, o senador Geraldo Althoff (PFL-SC), relator da Comissão, definiu mais uma ausência vascaína.
“A enfermaria da CPI do Senado ganhou mais um paciente”, ironizou Althoff.
Os senadores demonstraram irritação com a postura adotada por Geraldo Teixeira da Silva, uma vez que para deixar de depor numa CPI o depoente deve estar realmente sem condições, o que não é o caso em uma hipertensão arterial.
Esgotada a paciência dos senadores, a CPI muda de estratégia para conseguir ouvir os dirigentes vascaínos. A Comissão decidiu convocar um grupo de dirigentes do clube carioca para depor na terça-feira. Deverão comparecer para depor neste dia, além do próprio Geraldo, o ex-presidente Antônio Soares Calçada, o presidente do conselho deliberativo do clube, Carlos Alberto Cavaleiro, e o contador Wanderley Doring, responsável pelos livros de contabilidade do clube.
Com isso, a CPI minimiza as chances de todos não aparecerem para depor, pois seria muito difícil explicar aos senadores e a opinião pública o fato de um grupo de dirigentes estar doente.