Por determinação da diretoria do Joinville, a assessoria jurídica do clube está dando entrada na delegacia policial da cidade catarinense com queixa-crime contra o jogador Gil Baiano, do Caxias.
Gil é acusado de atingir, de forma violenta e desleal, o meio-campo Coracini, na última partida entre os dois clubes pela Série B do Campeonato Brasileiro. Coracini sofreu um corte profundo na perna direita e ficará parado, segundo o gerente do Joinville, Lico, mais de 30 dias sem jogar, e pode ter seqüelas da contusão.
Lico, que foi campeão mundial interclubes pelo Flamengo, em 1981, disse que a agressão sofrida por Coracini causou revolta entre torcedores, jogadores e dirigentes do Joinville. Atingido maldosamente, ele levou cerca de 20 pontos no local e está, agora, com uma infecção, que pode dificultar a sua volta.
O ex-meio-campo do rubro-negro carioca defendeu a aplicação de punições pesadas contra jogadores que praticam violência contra seus colegas. Lico disse que jogador talentoso sofre muito hoje no futebol e lembrou que ele e Zico apanharam muito em todos os campos onde o Flamengo jogou, na sua época de jogador.
O ex-craque afirmou que a principal punição para inibir esse tipo de agressão seria adotar no Brasil o que já existe em outros países: suspender o agressor de um colega de profissão pelo mesmo período em que a vítima ficar impedida de atuar. O jogo entre Caxias e Joinville foi realizado no último dia 1º de outubro, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.