São Paulo - O empate de 0 a 0 contra o time reserva do Grêmio na tarde desta terça-feira tumultuou de vez o ambiente no Palmeiras. O resultado eliminou o Verdão da Copa Mercosul e deixou a torcida revoltada.
Os torcedores pegaram principalmente no pé do técnico Celso Roth e dos jogadores Tuta e Lopes.
As críticas ultrapassaram o nível profissional e passaram para a vida pessoal de cada um dos jogadores. A torcida passou quase o tempo todo chamando Lopes de “cheirador” e Tuta de “cachaceiro”.
Apesar das críticas sobre os dois jogadores, o técnico Celso Roth não admite tirá-los do time e espera que eles não deixem que as vaias dos torcedores os atrapalhem dentro de campo. “O que está acontecendo é absolutamente dentro da normalidade. São dois grandes jogadores que têm que superar esses momentos”, afirmou o treinador. “Quando os resultados voltarem, essas coisas vão desaparecer”, acredita.
O goleiro Marcos concorda com o técnico do Verdão. “Quem pode fazer alguma coisa para mudar isso são os próprios jogadores. Eles têm que mostrar futebol dentro do campo”, afirmou o jogador, que garante que o grupo vai fazer de tudo para ajudar Lopes e Tuta. “É preciso de um pouco de ajuda de todo mundo para a torcida sair do pé deles”, disse.
Além de Tuta e Lopes, o técnico Celso Roth foi novamente alvo dos torcedores, que o chamaram de burro a cada substituição. Apesar disso, o treinador garante que não faz parte de seus planos entregar o cargo caso a pressão continue. “Não tem nada disso. Não penso em deixar o cargo por causa da grande campanha que estamos fazendo no Brasileirão.”
Depois da partida, o técnico Celso Roth, que normalmente é um dos primeiros a deixar o vestiário para conversar com a imprensa, demorou cerca de uma hora para atender os jornalistas.
O treinador ficou reunido com os cartolas do Verdão conversando sobre os problemas do time. Se o time não reagir, os dias de Celso Roth no Parque Antártica podem estar contados.