São Paulo - O afastamento dos três jogadores do São Paulo, Gustavo Nery, Rogério Pinheiro e Carlos Miguel, não é novidade no currículo do técnico Nelsinho Baptista. Pelos clubes que passou, o treinador já deixou de lado vários atletas. O atacante Evair já esteve na lista dos excluídos do técnico são-paulino.
Quando em 1991 voltou ao futebol Brasileiro, depois de uma temporada de três anos na Itália, o jogador chegou a atuar pelo Palmeiras, mas em 1992 acabou sendo afastado por Nelsinho junto com Andrei, Jorginho e Ivan.
“Foi um dos piores momentos da minha carreira. Estava voltando da Itália, estava com problemas físicos, ainda não tinha operado a minha hérnia e ele simplesmente me afastou por achar que não estava correspondendo ao grupo. Realmente foram os piores dias que vivi. Recebia do Palmeiras e não podia ajudar o clube”, disse o atacante, em entrevista à Rádio Jovem Pan.
O atleta acredita que o afastamento dos jogadores, dependendo do que motivou essa ação do treinador, não deve resolver o problema do time.
“Se resolvesse, o Palmeiras teria dado certo e ganhado o título com ele, o que não aconteceu naquela época. Só acho que deveria ter um motivo para afastar o jogador. Falar que tal atleta não está contribuindo com a equipe é um argumento muito fraco para uma decisão dessas”, afirmou Evair.
Apesar dos momentos ruins, o atacante declarou que aprendeu muito naquela época.
“Foi um momento que percebi quem eram os meus amigos de verdade. Aqueles que faziam média sumiram e só os amigos me deram forças. Além disso, fiquei mais com a minha família e isso me deu forças para continuar”, contou Evair, que voltou à equipe do Verdão no mesmo ano, depois da saída de Nelsinho Baptista.
“Em agosto de 92 o Otacílio assumiu a equipe e eu voltei a jogar e vivi um bom momento no Palmeiras”, completou.