Petkovic completa neste domingo, contra o Atlético Mineiro, às 16h, no Estádio Serejão, em Brasília, cem jogos pelo Flamengo. E, desde que chegou ao clube, o apoiador vive entre o céu e o inferno, com gols decisivos e o rótulo de desagregador do grupo. Com estilo explosivo e ar de quem está acima do bem e do mal, o iugoslavo já convenceu a torcida de que é importante tecnicamente, mas ainda divide opiniões quando o assunto é sua capacidade de tornar-se um ídolo rubro-negro.
Petkovic teve problemas com os quatro técnicos que o treinaram no Flamengo: Carpeggiani, Carlos César, Carlinhos e, agora, Zagallo. No primeiro semestre de 2000, por exemplo, chegou a receber conselhos de Zico para que melhorasse sua conduta e conquistasse a torcida. Segundo o psicólogo do Flamengo, Paulo Ribeiro, os demais jogadores do time estão aprendendo a conviver com o estilo de vida do iugoslavo.
"Petkovic é assim mesmo, não há como mudá-lo. Até o jeito de ele brincar é um pouco grosseiro, mas ele não é uma pessoa má. Todos aqui já aprenderam isso e não temos problemas com ele" disse o psicólogo.
Uma prova de que Petkovic está mais preocupado em jogar do que em ser um ídolo é seu pouco caso com a marca que atingirá hoje. "Isso não é nada. É só para cumprir estatística", comentou.
Para Júnior, um dos maiores ídolos da história rubro-negra, a relação de Petkovic com o clube torna-se perigosa à medida em que ele passa a não corresponder mais em campo. "Ele já provou seu valor. Mas se começa a jogar mal, sobra para ele".