Rio - Um dia após a divulgação de que teria o seu nome no troféu da primeira Liga Rio-São Paulo, o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Eduardo Viana, conhecido como Caixa d'Água, parece que não ficou satisfeito com a homenagem. Nesta quarta-feira, o dirigente esteve na CBF e repudiou a iniciativa que teria partido do presidente da Liga, Eduardo José Farah.
“Não concordo com homenagem à eminência viva e vou declinar quanto a isso desde já. Acho que a taça poderia levar outro nome como o do Álvaro Bragança (ex-vice-presidente da Ferj), por exemplo”, disse Eduardo Viana.
Além de recuar da homenagem, o dirigente não perdeu a sua postura polêmica e também criticou o ministro dos esportes, Carlos Melles, que propôs a renúncia do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. “Ele (Carlos Melles) não tem poder nenhum. Não sei se ele é ingênuo ou se está mal-intencionado. Prefiro imaginar que ele tenha falta de conhecimento e pouca inteligência”, atacou Eduardo.
Em repouso absoluto, Ricardo Teixeira foi recomendado pelo seu médico, Roberto Horcades, a ficar longe do stress do trabalho por seis meses. Se confirmar este período de recesso, o dirigente não compareceria na próxima quarta-feira em Brasília, onde prestaria depoimento na CPI do Senado, responsável por apurar indícios de irregularidades no futebol brasileiro. Aliado de Teixeira, Eduardo Viana crê que este fator não atrapalhará o aspecto político da entidade. “O impedimento é indiscutível, pois a autoridade médica está acima de tudo. Pelo lado político, não vejo nada que faça com que o Ricardo volte à Comissão, pois ela já tem elementos necessários para as suas conclusões.”
Enquanto Ricardo Teixeira estiver ausente, a CBF será presidida por Alfredo Nunes, vice-presidente da entidade na Região Norte.