São Paulo - O presidente da Federação Paulista de Futebol e da Liga Rio-São Paulo, Eduardo Jodé Farah, disse nesta quarta-feira que, de acordo com os critérios da entidade, o Etti Jundiaí reúne mais condições técnicas do que o São Caetano.
O São Caetano é hoje o melhor time do Brasil. Vice-campeão brasileiro do ano passado, o time da Grande São Paulo lidera o torneio desse ano com 37 pontos em 18 jogos, uma partida a menos do que o vice-líder, Palmeiras, com 35 pontos. O Atlético-PR e o Fluminesne dividem o terceiro posto com 34 pontos em 18 apresentações.
Atual líder do grupo G da terceira divisão do Brasileiro com 20 pontos, o Etti Jundiaí pode garantir vaga nesta quarta, precisa de um ponto, na próxima fase e se manter luta pelo acesso à Segundona.
O momento dos dois clubes parece não influenciar o cartola. "O Etti Jundiaí é o atual campeão paulista da A-2. Já o São Caetano não conquistou nada a não ser o título da A-2 há dois anos", disparou Farah. O líder do Brasileirão disputou a primeira divisão do Estadual em 2001.
Farah ressaltou que não está desmerecendo a ótima campanha do Azulão no Brasileiro, porém disse que muitos clubes que fizeram histórias nos campeonato nacionais e estaduais também ficaram de fora da Liga. "Futebol é ciclo. Quem não se lembra das campanhas de Bragantino e Inter de Limeira? Nem por isso eles estão na Liga, mas podem conquistar a vaga se algum deles for campeão do estadual - afirmou Farah.
O dirigente contou que não está apadrinhando o Etti Jundiaí. "Não conheço os diretores do Etti. Apenas fizemos um critério e o Etti se encaixou nele. Posso estar enganado, mas foi o critério aprovado por todos os clubes da Liga" completou Farah.
O presidente ressaltou que na comparação entre São Caetano e Etti Jundiaí, o último leva vantagem. "O Etti Jundiaí, que na verdade é o Paulista, tem uma grande tradição no futebol paulista. Quando ele caiu da Série A1, o time tinha a 4ª melhor arrecadação em seus jogos, já o São Caetano, apesar da boa campanha no Brasileiro, não tem levado muitos torcedores ao seu estádio. Outra coisa, o time de São Caetano tem apenas 10 anos de existência. Já o Paulista é um velho conhecido - analisou.
Farah contou também que tem um grande carinho pelo Azulão, clube que, segundo ele, ajudou fundar há 10 anos. Ele acredita que ainda irá ver o time do ABC no torneio. "Não está 100% descartado a participação do São Caetano na competição. Se algum dos nove clubes paulistas que estão no Brasileiro cair, automaticamente o Azulão assumirá a vaga" completou.
Para 2003, o dirigente acredita que os critérios utilizados para a participação no Torneio Rio-São Paulo estarão mais claros. "Quem ficar nas últimas colocações irá cair e assumirá os campeões dos estaduais, que aqui em São Paulo será disputado por 12 clubes" finalizou.