Rio - Faltando pouco mais de um mês para a votação do seu relatório final a CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, entra na fase de negociação partidária. Neste cenário cresce a importância do PFL, que deverá decidir se o relatório será aprovado ou não.
O PMDB tem direito a cinco dos 13 votos da Comissão e todos deverão ser contra a aprovação do relatório final. Mas a bancada que quer ver o relatório aprovado conta com os votos dos senadores Geraldo Althoff (PFL-SC), relator, Antero Paes de Barros (PSDB-MT), Geraldo Cândido (PT-RJ), Sebastião Rocha (PDT-AP), além de Álvaro Dias (PDT-PR), presidente da Comissão, que só vota em caso de empate.
Com cinco votos para cada lado a decisão caberá aos três senadores do PFL que integram a Comissão. Lidberg Cury (PFL-DF) é o único que tem se mostrado favorável a aprovação do relatório. Jonas Pinheiro (PFL-MT) parecia que votaria com o relatório, mas nos últimos dias tem se mantido neutro, não quer dar entrevistas sobre o assunto e poderá acabar votando contra o relatório.
O outro senador do PFL a votar não foi decidido, mas deverá ficar entre Bernardo Cabral (PFL-AM) e Leomar Quintanilha (PFL-TO) e ambos votariam contra o relatório. As grandes dúvidas são: qual dos dois lados vai conseguir convencer a direção do PFL a apoiá-lo e se os senadores com direito a voto vão seguir a orientação do partido?
“A partir de agora as negociações serão entre os líderes. Quem tiver mais força leva”, afirmou um dos senadores.