Rio - O presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, teve que explicar denúncias apresentadas na semana passada pelo ex-presidente do clube, Kléber Leite, dando conta de que um empresa, que teve seu nome omitido pela diretoria do Flamengo, possuía 23% dos lucros obtidos com a parceria entre o clube e a ISL.
Num dos poucos momentos em que parecia falar com autoridade sobre o tema, Edmundo desmentiu estas acusações. O dirigente afirmou que a ISL internacional encarregou uma de suas subsidiárias, a Latino American Sports, para administrar a Flamengo Licenciamentos, que tinha os direitos de imagem do clube.
Segundo Edmundo, a ISL negociou 23% da Latino American Sports com outra empresa, a Advanced, mas que o Flamengo não participou desse processo, sem poder ser acusado em nada pela Advanced.
Sobre o rompimento entre o Flamengo e a ISL, Edmundo disse que o clube não tem chances de perder uma batalha jurídica com a empresa suíça, caso esta queira reinvidicar alguma coisa. "A ISL tem todo o direito de reclamar na Justiça por qualquer coisa, mas nossos advogados têm a certeza de que no fórum apropriado, o do Rio de Janeiro, ela não tem a menor chance de se tornar vitoriosa", afirmou Edmundo, que já tem agendado uma viagem à Suíça para resolver o assunto.
Edmundo Santos Silva explicou ainda como o clube escolheu a empresa suíça para ser sua parceira.
Edmundo disse que depois de ter recebido a proposta da ISL soube pelo ex-presidente do clube Kléber Leite que a Hicks&Muse também tinha interesse numa parceria com o Flamengo. Desta forma, sem saber qual era a melhor proposta, Edmundo contratou a empresa Tendência, de propriedade do ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, para analisar as duas propostas.
"O ex-ministro Mailson da Nóbrega analisou as duas propostas e numa sessão histórica no clube, na qual estiveram presentes quinhentos e cinqüenta conselheiros, ele explicou que a melhor proposta era a da ISL, que acabou sendo a escolhida", afirmou Edmundo.