Rio - O que parecia ser um problema exclusivamente do futebol brasileiro vem afetando em cheio os jogadores que também atuam no exterior. Mesmo com um calendário organizado, a Europa tem sido um verdadeiro tormento para quem trabalha por lá, principalmente se o atleta for constantemente convocado para a Seleção Brasileira, como é o caso do meia Rivaldo. E por conta de tantos compromissos, seja pelo Brasil ou pelo seu clube, o Barcelona, o jogador prevê uma catástrofe com o acúmulo de partidas.
“As pessoas tinham que olhar mais para o jogador e deixar de lado os interesses comerciais. Um dia pode acabar acontecendo uma fatalidade, com o jogador podendo até morrer em campo”, disse.
A preocupação de Rivaldo pode ser exemplificada nesta convocação, para as duas últimas partidas da Seleção pelas Eliminatórias sul-americanas. Tendo que defender o Barcelona no clássico contra o Real Madrid, no último domingo, o meia seguiu no mesmo dia para o Rio de Janeiro, para se integrar ao grupo brasileiro na manhã de segunda-feira.
Na terça, ele embarcou juntamente com a delegação para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde o Brasil se prepara para enfrentar no dia seguinte a equipe da casa, mas na altitude de La Paz. Portanto, será mais uma viagem e mais um desgaste para os atletas convocados.
O problema é antigo e, pelo visto, está longe de acabar. Assim, não há outra alternativa a não ser esquecer o assunto e tentar se concentrar apenas no adversário. Pensando nisso, Rivaldo dá a receita para o que a Seleção precisa fazer para superar a Bolívia, nesta quarta-feira:
“O Brasil precisa tocar a bola e fazer o gol o mais rápido possível. Mas temos que ter também muita cautela para não nos desgastar. Basta cada um estar perto do outro”, falou.