Rio - Os representantes dos hotéis sul-coreanos declararam nesta segunda-feira que poderão ficar sem os turistas estrangeiros, durante a Copa do Mundo, caso o governo não conceda licença para a aquisição de máquinas caça-níqueis e banhos a vapor.
“Muitos hotéis estão à beira da falência e necessitam de um apoio financeiro do governo, além das licenças para as máquinas e para o banho a vapor”, alegou a Associação dos Hotéis Turísticos Coreana.
Yoo Byong-Chil, vice-presidente da associação disse que a decisão não é um boicote ao Mundial. “Não se trata de boicote. Nós simplesmente não temos como acomodar os visitantes sem a ajuda do governo, pois nossas acomodações são obsoletas”, declarou.
Yoo disse que os 218 hotéis filiados à associação cancelariam o contrato com a Fifa, que prevê a cessão de 22 mil quartos para os estrangeiros, no período entre 26 de maio e 3 de julho. A decisão, no entanto, não abrange os grandes hotéis.
O Comitê Organizador declarou que a quantidade de quartos é suficiente para acomodar 75 mil jogadores e torcedores durante os jogos. Pelas estatísticas do Comitê, os hotéis menores responderiam por 82% da demanda, totalizando 102 mil quartos. Os grandes hotéis ofereceriam outros 22.357 apartamentos.
No entanto, um congressista de oposição alertou que os hotéis considerados menores na verdade são motéis populares, o que prejudicaria a imagem do país.
O governo coreano já concedeu licença a vários hotéis para utilizarem os caça-níqueis. Entretanto, os banhos a vapor, que eram usados para a prostituição, foram proibidos em 1998.