Seul - O presidente da Federação Coreana de Futebol, Chung Mong-joon, disse que a Fifa não deve se envolver na controvérsia de a população do país, que será sede da Copa do Mundo de 2002 junto com o Japão, ter o hábito de comer carne de cachorro.
``A recente controvérsia sobre o consumo de carne de cachorro não é problema da Fifa'', disse Chung, também co-presidente do Comitê de Organização da Coréia do Sul para a Copa e vice-presidente da Fifa.
Chung refere-se a uma carta escrita pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, em que ele pede à Coréia do Sul que seja sensível à opinião pública mundial depois de protestos sobre a questão.
``Eu então enviei uma resposta dizendo que não há nada com o que se preocupar'', disse Chung. Ele disse que a questão já tinha surgido antes de Seul sediar os Jogos Olímpicos de 1988, mas que o Comitê Olímpico Internacional não interveio.
Representantes da Fifa disseram na semana passada que a entidade recebeu várias cartas de pessoas preocupadas com os maus-tratos aos animais na Coréia.
O que causa o maior alarme é a maneira ilegal com que alguns cachorros são mortos para deixar a carne mais macia -- com espancados, queimados ou enforcados.
Mesmo antes da carta de Blatter, o governo sul-coreano já havia decidido tomar medidas para acabar com os maus-tratos aos cachorros antes da Copa, que acontecerá de 31 de maio a 30 de junho.