São Paulo - Flamengo de 2001 já entrou para a história pelas duas portas, a da frente e a dos fundos. Pela frente, quando conquistou o tricampeonato e a vaga para a Copa Libertadores da América após quase dez anos de ausência. E com o fracasso diante da Portuguesa, acaba de igualar o número de derrotas (12) de quando teve a pior campanha de sua história, no Campeonato Brasileiro de 1973, ficando na vigésima-quarta posição. E como o aproveitamento do clube é de 33,3%, nem mesmo ganhando todas as quatro partidas restantes o clube ultrapassará os 43% que o time treinado pelo mesmo Zagallo teve naquela ocasião.
Naquele campeonato, o time disputou 26 partidas, uma a menos do que deve disputar este ano no Brasileiro, já que está eliminado. Mesmo com a pior colocação da história até hoje, o time treinado por Zagallo – que tinha Dario e Doval no ataque e um emergente Zico – ainda obteve dez vitórias, que é o máximo possível para o grupo de Edílson, Petkovic e Vampeta. Com mais uma derrota – para São Paulo, Internacional, São Caetano ou Palmeiras – o time, além de não alcançar o mesmo número de vitórias que em 1973, ainda quebra o recorde de derrotas.
E ainda há outra coincidência. Como hoje, naquela época, cogitou-se uma virada de mesa a fim de incluir o Rubro-Negro nos jogos finais, que seriam disputados nos primeiros meses de 1974. O então presidente rubro-negro, Hélio Maurício, recusou com veemência:
” O Flamengo tem que chegar lá por seus próprios méritos e esforços, Nada de virada de mesa” disse. O clube esboçou uma reação, mas acabou ficando de fora.
Antes do Brasileiro, o presidente Edmundo Santos Silva prometeu, em declaração a uma revista esportiva:
’Dou minha palavra de homem de que não haverá virada de mesa”.