São Paulo - A crise que o Palmeiras vem enfrentando já entrou para a história. As cinco derrotas acumuladas nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro se igualam à pior seqüência de resultados negativos do clube na competição nacional. Retrospecto idêntico somente no Brasileirão de 1985, auge do período de "vacas magras" do clube, quando o time dos meias Jorginho e Mendonça, do goleiro Leão e do atacante Mário Sérgio foi derrotado por Internacional, Santos, Náutico, Bahia e Goiás, todos por diferença mínima.
Em 2001, porém, o retrospecto do Palmeiras está ainda pior. Das cinco derrotas, apenas em uma, contra o Internacional, a diferença foi de um gol. O maior vexame da equipe aconteceu no Palestra Itália, contra o Fluminense. O Tricolor carioca venceu o Verdão por 6 a 2.
Um novo tropeço contra o Atlético-MG, quinta-feira em Belo Horizonte, pode colocar a equipe dirigida por Márcio Araújo como a que conseguiu a pior seqüência de resultados dentro da história do clube no Brasileirão. Nunca o Verdão foi derrotado seis vezes seguidas.
” Fases difíceis todo mundo atravessa. O importante é ter a hombridade de se recuperar. Se você jogar a toalha, piora tudo” afirma o volante e capitão Fernando.
Desde o clássico contra o Santos, dia 10/10, o Palmeiras só não perdeu do Grêmio, na Copa Mercosul. Mesmo assim, o empate por 1 a 1, em casa, contra um mistão do Tricolor gaúcho, eliminou a equipe da competição sul-americana.
A tarefa de recuperação porém não está tão fácil. Abalados pelos maus resultados seguidos, os jogadores vêem o time despencar na tabela de classificação. Da liderança, o Alviverde já ocupa a oitava colocação no Brasileirão e corre sério risco de perder uma classificação dada como certa até há algumas rodadas.
”O futebol não tem passado nem futuro, só presente” diz Magrão.
Promovido a treinador para substituir Celso Roth e tentar levar o Verdão de volta ao caminho das vitórias, Márcio Araújo ainda não conseguiu encontrar o modo ideal para montar a equipe do Palmeiras.
” Mais importante que qualquer estatística é o Palmeiras. O problema não é falta de treinamento, mas sim passar por esse momento psicológico que estamos vivendo” filosofa o treinador do Palmeiras.