São Paulo - A reunião com os desafetos Edílson e Petkovic não passou de plano da diretoria do Flamengo. Após a derrota para o São Paulo, o próprio técnico Zagallo deixou claro que a conversa não deveria acontecer - como, de fato, não aconteceu.
Mas, por via das dúvidas, o atacante Edílson só se apresentou à delegação em São Paulo na hora do almoço, pouco antes da partida. Ele evitou o anunciado encontro com Petkovic mas, por pouco, não ficou de fora do jogo - Juan e Vampeta, que também estavam com a Seleção, se apresentaram pela manhã.
''O Edílson chegou na hora do almoço e falou que queria jogar. Nem estava prevista a sua entrada. Mas até que ele esteve bem'', afirmou Zagallo. A postura de Edílson era prevista. No vôo de volta da Seleção, de madrugada, ele fez seguidos ataques a Petkovic, a quem chama de gringo.
''Correr tudo de novo menos de 24 horas depois de disputar uma partida não é nada. O pior é ter de correr para aquele gringo'', detonou, acrescentando adjetivos nada elogiosos ao falar do companheiro.
Zagallo falou do problema entre suas duas estrelas. ''Esse negócio de reunião não existe. O que tinha de ser feito já foi feito. Eles não se falam fora de campo, mas se entendem dentro dele'', resumiu. Apesar da desastrosa derrota, o técnico encontrou espaço para elogios. ''Gostei da garotada que entrou no sufoco. O Felipe Melo e o Sobrinho demonstraram muita personalidade e disposição.''
Para o jogo de domingo, em Juiz de Fora, contra o Internacional, Zagallo não poderá contar Vampeta, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Ânderson, machucado. O time, assim, não terá um especialista na lateral esquerda, já que o titular Cássio se recupera de uma cirurgia. Reinaldo, com dores na coxa, também é dúvida. Para compensar, Zagallo deve contar com a volta de Júlio César, que cumpriu ontem suspensão automática, e Beto, que se recupera de contusão.
Na noite de domingo, o time desembarcou no Rio e amanhã deve viajar para Juiz de Fora.