Rio - Até então, Romário procurava ser diplomático com Luís Felipe Scolari. Afinal, não queria fechar as portas da Seleção Brasileira. Mas, agora, foi o próprio treinador que colocou o Baixinho para fora do time brasileiro, o chamando de desagregador. Romário não aceitou e partiu para o contra-ataque.
“Eu não tenho assim nada pessoal contra o Felipão. Devo ter trabalhado com uns 20 técnicos e 16 ou 17 não tiveram nenhum problema comigo”, disse ele, em entrevista à TV Globo, após o jogo com o Grêmio.
Problemas mesmo, Romário teve com Wanderley Luxemburgo e Zagallo, ex-técnicos da Seleção.
Mas Romário acredita que seja Felipão quem tenha problemas com ele, pois o seu retrospecto só neste Brasileiro o credencia para ser convocado: 16 gols em 16 jogos. Na temporada, já são 40 gols em 43 jogos.
Por isso mesmo, a sua paciência com Felipão já se esgotou. “Se eu for convocado para a Seleção, será bom para mim, para a minha família e para todo o Brasil. Se eu não for, o problema é dele”, disparou, não deixando, porém, de incentivar àqueles que classificaram o Brasil para a Copa do Mundo. “Mas os jogadores que estão na Seleção estão de parabéns”, acrescentou.
O Baixinho até abusa da ironia. Ele sugere que Felipão dê uma olhada em seu currículo para enxergar quem é Romário e o que ele representa para o futebol brasileiro. “Se integro o grupo ou não, quem diz é a minha história no futebol. Fui várias vezes campeão em times de ponta e na Seleção também. Não sou eu que tenho que mostrar alguma coisa”, ressaltou.