Rio - A delegação australiana teve uma recepção nada agradável ao chegar em Montevidéu para a partida deste domingo contra o Uruguai, no Estádio Centenário, que vai definir a última seleção classificada para a Copa do Mundo de 2002. Depois de terem perdido o vôo em Buenos Aires e chegado atrasados na capital uruguaia, os australianos sentiram de perto a ira da torcida uruguaia. Cerca de 20 torcedores uruguaios compareceram ao aeroporto para agredir os australianos.
Metade dos torcedores ficavam tocando instrumentos e cantando músicas ofensivas aos visitantes. Já a outra metade tentava agredir os membros da delegação australiana. Quem levou a pior foi o técnico da equipe da Oceania, Frank Farina. Ao ficar diante de um dos torcedores Farina recebeu um tapa e uma cusparada.
Diante dos fatos o treinador australiano ameaçou levar a delegação para Buenos Aires, uma vez que não vê segurança em Montevidéu. Farina denunciou que oito policiais que estavam encarregados de proteger os australianos acabaram atirando gás paralisante no rosto de seus jogadores.
Assim que chegou ao hotel Farina telefonou para membros da Associação Australiana de Futebol e exigiu que a entidade apresente um protesto formal à Fifa.
Farina proibiu que jornalistas uruguaios ficassem no hotel. Ele alegou que quando a delegação foi agredida esses repórteres não cumpriram sua obrigação de registrar o ocorrido e, portanto, não iria permitir que nenhum australiano desse entrevistas para veículos de comunicação do Uruguai.
O treinador australiano só se acalmou depois de conversar com Fernando Sureda e Alvaro Silva, gerentes da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), que asseguraram que vários policiais farão a segurança da delegação da Oceania em Montevidéu. O presidente da AUF, Eugenio Figueredo, compareceu ao hotel e pediu desculpas formais aos visitantes.