Rio - Num desabafo feito após o empate do Vitória com o Santa Cruz, em Recife, por 1 a 1, o técnico Valdyr Espinosa evitou citar nomes, mas deixou claro que alguns jogadores de sua equipe traíram a torcida e não se aplicaram como deviam, não se concentrando nos jogos do time. Ele mencionou os nomes do presidente, Paulo Carneiro, do diretor Valtércio Fonseca, do gerente Joel Zanata e do supervisor Mário Silva, para afirma que eles não mereciam o que os jogadores aprontaram.
“O Paulo confiou em certas pessoas, que acabaram não correspondendo. O jogador profissional tem de ficar concentrado dentro de campo. Vejam como se comportam os atletas do Grêmio e de outros grandes clubes. Estou muito triste porque sei que o time do Vitória tinha condições de se classificar. Vi coisas acontecerem que eu pensei que não existissem mais no futebol. Só tinha vista algo semelhante nos tempos que eu jogava. Pensava que o profissionalismo havia crescido e essas coisas não aconteciam mais. Porém, é assim mesmo. Aqui se faz e aqui se paga.”
Valdyr Espinosa teve alguns problemas de indisciplina com o time do Vitória durante a campanha do Brasileiro. Um dia antes do jogo em que sua equipe empatou com o Santa Cruz ele afastou do elenco Paulo Rodrigues. O jogador tentou fugir da concentração na madrugada da última sexta-feira. Descoberto pelos seguranças do clbue, o jogador acabou punido com o afastamento da delegação que ia a Recife e o treinador entregou o caso à diretoria. O técnico lembrou o que dizem algumas pessoas em Salvador de que os prazeres da boa terra atrapalham jogadores. Principalmente, praias e axé music.