Jeff Paiva

São Paulo – O tenista Gustavo Kuerten, nº 2 do ranking mundial, recuou e resolveu disputar o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam de 2002.

Antes, Guga havia dito que pensava seriamente em não disputar o torneio. Primeiro, porque dificilmente se dá bem em quadras australianas. E segundo, porque tem uma contusão que o incomodou durante todo o segundo semestre deste ano.

“Um Grand Slam é sempre importante. Vou para a Austrália no início do ano com muita garra, para conseguir um bom resultado lá”, afirmou o catarinense, depois de curtir uma semana de férias.

BALANÇO - Se o ano começou bem para Guga, o final foi melancólico. Depois de cair nas quartas-de-final do Aberto dos EUA, não conseguiu vencer mais nenhum torneio. Pior ainda, perdeu sete dos oito jogos que disputou, inclusive todas as suas partidas na Masters Cup, em Sydney. O péssimo desempenho custou a posição de nº 1 do mundo, tomada pelo australiano Lleyton Hewitt.

“No final da temporada o cansaço se juntou ao desânimo de perder partidas seguidas”, disse Guga. “Quando a gente não tem aquele gostinho bom de vencer acaba ficando mais complicado para achar a motivação. Além disto, jogar em torneios indoor é chato, você passa três meses sem ver o céu. Mas vou descansar bastante agora para começar bem o ano de 2002”, concluiu.

“Quando terminou o ano de 2000, com o título em Lisboa, achei que nada seria melhor. Mas 2001 conseguiu superar minhas expectativas” afirmou o brasileiro, que venceu seis títulos neste ano, incluindo dois Masters Series (Monte Carlo e Cincinnati) e seu terceiro Grand Slam, em Roland Garros.