Rio de Janeiro - A direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) será totalmente renovada antes da Copa do Mundo de 2002, afirmou hoje, segunda-feira, o ministro brasileiro de Turismo e Esportes, Carlos Melles.
"A Confederação terá uma nova direção e uma nova estrutura no próximo mês de junho, quando o Brasil viajará para a Coréia do Sul", declarou Melles, no Rio de Janeiro.
O ministro está comprometido, há vários meses, com a reestruturação da CBF, a qual muitos culpam pela atual crise do futebol brasileiro e pela péssima campanha realizada pela seleção nas eliminatórias da Copa da Coréia do Sul e do Japão.
Melles afirmou hoje que estuda a possibilidade de antecipar a eleição do novo presidente da Confederação para que o organismo esteja totalmente renovado antes da Copa.
Segundo ele, a renovação, que é negociada entre o Governo, os presidentes dos clubes, a direção da Confederação e algumas personalidades, como Pelé, estará terminada em fevereiro do próximo ano.
O atual presidente da CBF, Ricardo Texeira, estuda a possibilidade de renunciar ao cargo caso esta semana uma comissão do Senado lhe acuse formalmente de evasão fiscal, fuga de divisas e perjúrio.
O presidente da CBF, afastado do cargo temporariamente por motivos de saúde, é o principal alvo da comissão do Senado que desde o ano passado averigua várias denúncias de irregularidades no futebol brasileiro.
Entre suas investigações, a comissão confirmou que o presidente da CBF apoiou financeiramente as campanhas eleitorais de alguns dos atuais senadores e deputados.
Na semana passada, o ex-presidente da Federação Internacional de Associações de Futebol (Fifa), João Havelange, ex-sogro de Teixeira, admitiu a possibilidade de voltar a tomar as rédeas do futebol nacional, como o fez entre 1957 e 1973.
O lançamento da candidatura de Havelange à presidência da CBF, segundo versões da imprensa, é articulado por presidentes de federações estatais.