São Paulo - Primeiro de agosto, estréia no Brasileirão. O São Caetano, vice-campeão nacional, enfrenta o Bahia, em Salvador, e leva uma surra de 5 a 0. Comentários dão conta de que o Azulão não repetirá a campanha de 2000 e brigará, desta vez, para não ser rebaixado para a Segundona.
Quatro meses se passam e o São Caetano termina a primeira fase na liderança. Agora, o Azulão terá vantagem do empate até as finais, mas antes terá que passar pelo mesmo algoz da primeira rodada.
"Não existe clima de vingança, tanto que fizemos questão de esquecer a derrota. Mesmo assim vamos ter a chance de apagar o resultado ruim", afirma o volante Simão.
O time que perdeu para o Bahia na estréia mudou bastante de lá para cá. Naquele jogo, Serginho atuou na lateral esquerda, Aílton era titular no meio campo e o ataque era formado por Müller e Wagner, que foi negociado logo em seguida.
"Estávamos recomeçando um trabalho. Alguns jogadores deixaram a equipe e outros foram contratados. A derrota deu uma sacudida e percebi que precisava mudar o time", afirma o técnico Jair Picerni.
Quem não gosta de lembrar da goleada é Silvio Luiz. O goleiro não lembra, em toda a carreira, de ter tomado cinco gols em um jogo. Depois disso, o time levou 20 gols em 26 jogos, uma média de 0,7 por partida.
"Um jogo como esse pode ser bom para o ego de alguns jogadores, ao devolver a derrota. Mas para mim, a vaga já está bom", fala o goleiro.