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Melhor do mundo no iatismo é assassinado no Brasil
Quinta-feira, 06 Dezembro de 2001, 13h15
Atualizada: Quinta-feira, 06 Dezembro de 2001, 19h39

Leia trecho do diário de bordo do iatista

Reuters

São Paulo - O vencedor da America's Cup e aventureiro Peter Blake foi morto a tiros no Rio Amazonas, perto de Macapá, após um ataque noturno por piratas encapuzados e armados que invadiram seu barco, disseram na quinta-feira os organizadores de sua expedição ambiental.

O neo-zelandês Blake, de 53 anos, era um dos mais bem-sucedidos velejadores na história do iatismo. Ele estava a bordo de seu barco Seamaster com a tripulação em uma expedição no rio Amazonas quando foi atacado por piratas e baleado morrendo, aparentemente, na hora.

Uma declaração dos organizadores da expedição informou: "o grupo de sete ou oito invasores encapuzados e armados entrou no Seamaster por volta das 22h15. Sir Peter foi baleado e morto e dois outros membros da tripulação ficaram feridos, um com um tiro nas costas, outro com um golpe no rosto".

"Os dois feridos estão novamente à bordo do Seamaster depois de terem recebido tratamento hospitalar. Os outros sete tripulantes ficaram muito abalados mas nada sofreram".

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Investigações

A primeira-secretária da embaixada da Nova Zelândia no Brasil, Anne Lise Windmill, disse que a representação estava trabalhando com a polícia para tentar esclarecer os fatos do incidente. A embaixadora no país, Denise Almao, viajou imediatamente para o Amapá para acompanhar os trabalhos.

Um porta-voz da Polícia Federal em Brasília acrescentou: "Ele provavelmente recebeu dois disparos nas costas". O relatório policial diz que Blake atirou nos invasores com um rifle, e provavelmente feriu um deles, antes de ser morto.

Os piratas roubaram vários relógios, câmeras e um bote inflável.

O delegado responsável pelo caso em Macapá, segundo a mídia local, só irá se pronunciar após terminar os trabalhos de coleta de informações.

O governador do Amapá, João Capibaribe (PSB), manifestou seu "pesar e indignação" pelo assassinato e disse, em comunicado, que o governo do Estado está prestando apoio logístico e técnico à Polícia Federal, encarregada de investigar o caso, já que a embarcação é de bandeira estrangeira.

O representante do governo estadual de Macapá em São Paulo, Nilson Mourlin, disse que o assassinatos como esse são consequência da falta de repasse de verba do governo federal para a Marinha, que atua fazendo a patrulha no local. "É nítida a necessidade de uma intensificação na vigilância nas áreas de fronteira e isso é responsabilidade do governo federal", disse Mourlin.

Condolências

De Brasília, o presidente Fernando Henrique Cardoso enviou um telegrama de condolências à primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark.

"Foi com profunda tristeza que soube da morte, em circunstâncias trágicas, do explorador, deportista e cientista neozelandês, Sr. Peter Blake, na madrugada de hoje, nas cercanias de Macapá, no norte do Brasil", diz Cardoso no telegrama.

O ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado dizendo que autoridades locais e federais estão investigando os acontecimentos e que "todas as providências estão sendo tomadas para pronta identificação e detenção dos criminosos".

O iatista brasileiro e secretário de Esportes Lars Grael disse que a morte de Blake representa uma grande perda para o esporte. "O mundo da vela tem uma admiração por Blake como o mundo do futebol tem pelo Pelé", afirmou Grael momentos depois de saber da morte de Blake.

Lars, que ganhou duas medalhas de bronze olímpicas, afirmou que Blake reunia as "qualidades de um campeão e de um aventureiro", acrescentando que os culpados têm que ser punidos pela "barbárie que cometeram".

Meio Ambiente

Blake, que foi condecorado com o título de "Sir" pela rainha Elizabeth, venceu o mais prestigiado torneio do iatismo -- o America's Cup -- em 1995 e 2000 com a Equipe Nova Zelândia.

Ele venceu o Torneio Whitbread ao Redor do Mundo em 1989 e o Troféu Júlio Verne em 1994, no qual bateu o recorde mundial de volta ao mundo.

O Neozemandês estava envolvido em uma expedição para conscientizar a comunidade internacional das ameaças à natureza que tinha o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep).

Seu barco, que saiu da Antártida em setembro último, estava ancorado em águas próximas a Macapá aguardando autorização para deixar o país pelo Rio Negro e rumar em direção ao rio Orinoco, na Venezuela, onde iria encontrar uma equipe da expedição que estava na selva e velejar para o Caribe.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, foi à Amazônia para visitar o Seamaster durante uma viagem ao Brasil no mês passado. Antes de se encontrar com o presidente Fernando Henrique Cardoso ela teria passado 48 horas dentro do veleiro da expedição, informou o Itamarati em comunicado.

"É criminoso que uma vida como essa tenha sido tirada", disse à Television New Zealand ao saber do assassinato. "Ele é nosso Edmund Hillary (primeiro alpinista a escalar o Monte Everest) das águas, um homem de enorme visão e de feitos esportivos fant ásticos. Essa é uma tragédia terrível, terrível".

"Ele era um herói na Nova Zelândia e todos vão ficar muito tristes com sua morte", disse o embaixador da Nova Zelândia em Londres, Paul East.

Chay Blyth, um dos melhores iatistas da Inglaterra, disse que o esporte sentiria muito a falta de Blake. "É inacreditável -- realmente muito triste", disse Blyth.

O porta-voz da Blakexpeditions, Alan Sefton, afirmou que toda a equipe da empresa estava chocada com o crime. "Sir Peter era uma pessoa muito especial para muitas pessoas ao redor do mundo, amplamente prestigiado pelo homem que era, porque tudo o que ele conseguiu e por tudo o que ele representava", disse Sefton em comunicado à imprensa.

Reuters e L!Sportpress

 

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