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Conheça o diário do navegador assassinado no Brasil
Quinta-feira, 06 Dezembro de 2001, 16h38
Atualizada: Quinta-feira, 06 Dezembro de 2001, 16h39

Londres - Veja a seguir, trechos das anotações de quinta-feira na www.blakexpeditions.com, a web page do neo-zelandês Peter Blake que foi morto em um tiroteio na Amazônia depois de um ataque pirata, segundo seus patrocinadores.

LOCAL Rio Amazonas

SITUAÇÃO Ainda Navegando

CONDIÇÕES Agradáveis

TEMPERATURA DO AR 35 C

VENTOS 15 nós a leste

CONDIÇÕES DO MAR Moderado/encrespado

VISIBILIDADE Moderada

O entardecer fez com que a superfície do rio ficasse de um cinza gorduroso -- com o céu escurecendo rapidamente depois que as cores douradas e alaranjadas do sol se foram. Sempre esperamos que a noite seja clara, e hoje a lua vai surgir logo após as 9 da noite -- mas isto significa duas horas e meia de escuridão total antes disto.

Há clarões de relâmpago pela frente -- o radar mostra uma faixa de chuva se estendendo dos dois lados do nosso curso. Há luzes de navios, tráfego de barcaças, balsas e pequenas cidades; e as chamas dos potes flutuantes marcando as extremidades das redes de pesca a serem evitadas.

Uma brisa fresca sopra da nuvem de relâmpago e da chuva que não chegou ainda. A lua apareceu mas logo sumiu por trás das nuvens carregadas -- sentimos algumas gotas -- mas isto passa, deixando-nos em condições mais claras, a única brisa vindo da velocidade do barco.

O rio hoje está calmo e plano -- às vezes fica agitado com sopros de vento das nuvens -- e se acalma novamente. Há um membro da tripulação na proa do Seamaster -- no posto de observação -- principalmente para grandes troncos de madeira, plantas boiando ou barcos de pesca sem luzes. Ele segura uma grande lanterna para checar de vez em quando.

O vigia está em contato com a cabine do piloto -- onde a tripulação monitora os motores, checando de hora em hora a casa das máquinas, bombeando combustível, marcando nosso progresso na carta e controlando o radar e o receptor de profundidade -- os dois instrumentos mais úteis para esta viagem no rio. Pouco mais do que alguns minutos se passam sem uma mudança de curso para ficar na parte mais funda, ou evitar um banco de areia, ou passar uma ilha, portanto não há muito tempo para relaxar.

Hoje há faixas de fumaça -- fumaça densa -- saindo de algumas enseadas para fora da floresta -- formando paredes por cima do rio. O cheiro da floresta queimando enche o ar -- e também nossas cabines.

Dia:

Durante o dia é mais fácil evitar os troncos e montes de vegetação, mas ainda é preciso observar de perto. Não velejamos há mais de dois meses -- mas isto deve mudar em breve quando virarmos à esquerda da embocadura do rio e entrarmos nos ventos alíseos -- no início da semana que vem, vamos torcer!

Sentado aqui na proa vestindo apenas shorts, longe do barulho dos motores, com apenas o bater das ondas abaixo de mim, a sombra de nossos mastros e bandeiras na superfície do rio marrom é muito claro a bombordo. O sol não está mais a pino, mas dentro de três semanas estará no ponto extremo do sul e começará a volta de seis meses para o ponto mais ao norte.

Um dia comum é de 3 horas de plantão e 6 de descanso -- mas comparado a uma viagem no mar, o stress é consideravelmente maior, por isso é bom recuperar as horas de sono sempre que possível e estar totalmente pronto para a noite novamente.

Porquê:

Novamente faço a pergunta: -- Por quê estamos aqui? Qual o objetivo de sair da Antártida em março, fazer reparos em Buenos Aires durante o inverno no sul, e fazer o longo percurso para o norte para passar algum tempo na Amazônia? A tecnologia nos permite levar esta (e outras) partes do mundo para lares e escritórios e salas de aula de forma quase imediata -- através da Internet e do nosso site, www.blakexpeditions.com

Se estamos com calor -- então você sabe que é agora -- não a semana passado ou o ano passado. Se estamos preocupados, ou temos um problema -- é agora. Estamos transmitindo o que encontramos -- não de forma glamourizada -- simplesmente como é.

Poderíamos ter vindo para cá de avião -- ficado algumas semanas -- e ido embora. Mas isto não nos teria dado a essência da Amazônia. Viajar no Seamaster significa que apreciamos a imensidade desta região aquática -- e em troca sentimos algo muito especial por ela. Quando encontramos pessoas, também têm uma noção diferente do que somos e porque estamos aqui.

A qualidade da água e a qualidade da vida em todas as suas formas infinitas são partes críticas da saúde como um todo deste nosso planeta, -- não apenas aqui na Amazônia, -- mas em toda parte. Queremos que as pessoas recomecem a cuidar do meio-ambiente da forma como ele deve ser cuidado.

Para vencer, você precisa acreditar que pode fazê-lo. Você estar apaixonado pelo que faz. Você realmente tem que ``querer'' o resultado -- mesmo se isto significar anos de trabalho. A parte mais difícil de qualquer projeto é começar. Nós começamos -- estamos a caminho -- temos uma paixão. Queremos fazer diferença.

Saudações afetuosas, Peter

Reuters

 

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