Rio - O relatório final da CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, aprovado por unanimidade nesta quinta-feira, tem um total de 1.600 páginas, das quais mais de 300 se referem a dados colhidos sobre a CBF e seu presidente, Ricardo Teixeira. O relatório está dividido em quatro volumes. O primeiro é o que se refere à CBF. Os outros volumes trazem um histórico sobre o futebol brasileiro, uma minuta de proposta legislativa para reformulação dessa prática esportiva, além de avaliações sobre a estrutura de clubes e federações de futebol.
O relatório pedirá que o Ministério Público investigue de 17 a 20 dirigentes, número este que será discutido na sessão de votação do documento. Caberá ao Ministério Público acatar ou não os pedidos da CPI.
A CPI solicitará ao Ministério Público que se aprofunde e, dependendo do caso indicie, os seguintes dirigentes: Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Eduardo José Farah, Presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Pedro Yves, dirigente da FPF, Elmer Guilherme, presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Eduardo Viana, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), presidente do Vasco, Paulo Reis, diretor do departamento jurídico do Vasco, Antônio Soares Calçada, ex-presidente do Vasco, Mário Cupello, diretor financeiro do Vasco, Edmundo Santos Silva, presidente do Flamengo, Antônio Augusto Dunshee de Abranches, ex-presidente do Flamengo, Samir Abdul Yarak, ex-presidente do Santos, José Paulo Fernandes, ex-dirigente do Santos, além do empresário Reinaldo Pitta e do técnico Wanderley Luxemburgo.
Os ex-presidentes do Flamengo que dirigiram o clube após Abranches também serão investigados por terem movimentado contas do clube ilegais no exterior.