Rio de Janeiro - A polícia federal de Macapá (Amapá) prendeu esta sexta-feira de madrugada sete homens, todos brasileiros, que supostamente participaram do assassinato do velejador neozelandês Sir Peter Blake na Amazônia brasileira, annciou um porta-voz da Polícia Federal por telefone.
"No momento, nós os chamamos de 'suspeitos', mas eles confessaram o crime. Um oitavo homem envolvido conseguiu fugir", acrescentou o porta-voz. "O homem que confessou ter disparado contra Peter Blake é Ricardo Tavares, 23 anos, originário do Estado do Amapá", informou.
Tavares disparou duas vezes e uma bala atingiu o "Senhor dos Mares", que teria reagido ao ataque dos "piratas" com um fuzil.
Esses "piratas", conhecidos na Amazônia como "ratos d'água", ladrões que roubam carregamentos de embarcações no Amazonas, alegaram à polícia que "ignoravam por completo" que se tratava do famoso velejador neozelandês e achavam que era apenas um "simples turista".
A polícia encontrou em posse dos supostos assassinos relógios do "Sea Master", o veleiro de Peter Blake, CDs e R$ 1,5 mil.
"Os demais homens presos, que estão sendo interrogados pelo comissário Valnir são: Jânio Gomes, 41 anos, Juscelino Rocha Filho, 24 anos, Israel Pantoja da Costa, 27 anos, José Irandi Cardoso, 25 anos, Renê Macedo, 21 anos, e Antonio de Lima (cuja idade não foi divulgada)", acrescentou a fonte. O foragido seria José Pantoja da Costa, irmão de Israel.
A polícia federal informou esta sexta-feira que carece de efetivos suficientes para fazer a vigilância da região, que é controlada por apenas um terço dos agentes necessários.
O corpo de Peter Blake se encontrava esta sexta-feira na polícia técnica do Amapá, e só poderá ser retirado pela família do navegador. A embaixadora da Nova Zelândia no Brasil, Denise Almao, chegou quinta-feira à tarde a Macapá para ocupar-se de todas as formalidades.