São Paulo - A morte do neozelandês Peter Blake no rio Amazonas, perto do Macapá, coloca o Brasil entre as áreas de risco de navegação, segundo o navegador Amyr Klink.
``Infelizmente o Brasil está entrando no mapa dos países de risco de navegação. Esse mapa inclui alguns lugares como a Venezuela, parte do Panamá, Mar da China e hoje, ... o Brasil'', afirmou Klink em comunicado nesta sexta-feira.
O navegador brasileiro ficou sabendo da morte de Blake na Espanha, onde conclui a construção de seu novo veleiro, o Paratii 2, embarcação irmã-gêmea do Seamaster, usado por Blake na expedição à Amazônia.
Klink, um dos navegadores mais famosos do mundo, disse ter ficado ``muito chateado'' com o assassinato e elogiou seu colega neozelandês.
``O Peter Blake foi o velejador que mais méritos conquistou no mundo da vela esportiva do planeta. No momento que ele atingiu a posição mais alta, em que ninguém mais sabia para que lado ele poderia pular, ele resolveu fazer exatamente o que eu faço -- se dedicar às viagens de exploração'', comentou.
O último encontro de Amyr Klink e Peter Blake foi no Iate Clube do Rio de Janeiro, no último mês de setembro, durante apresentação do projeto Blakexpeditions.
Por terem barcos gêmeos, preparados para ter três anos de autonomia, a idéia dos dois navegadores era promover um encontro no Ártico em 2002 ou na China em 2003.