Azulão e Furacão prometem chuva de gols na Baixada
Sábado, 15 Dezembro de 2001, 23h41
Agência Lance
O atacante Anaílson é dúvida no São Caetano
Fernando Gavini
São Paulo – A inédita final entre São Caetano e Atlético-PR é a primeira desde 1985, quando Bangu e Coritiba decidiram o Brasileirão, que não conta com pelo menos um dos principais clubes do país. Apesar disso, o duelo pode romper a tradição de jogos truncados nas decisões. Os dois times prometem partir para o ataque. As equipes foram as melhores durante toda a competição e apostam no futebol ofensivo para conquistar o primeiro título nacional de suas histórias.
"Pela forma de jogar dos dois times, é muito difícil que uma das duas partidas acabe sem gols", analisa o meia Adãozinho, do São Caetano, criando a expectativa de muitos gols para a decisão, cuja primeira partida será disputada neste domingo, às 16h, na Arena da Baixada, em Curitiba. O Terra Esportes fará o acompanhamento online da partida
Apesar de jogar fora de casa e de ter a vantagem do empate nas duas partidas para ficar com o título, o técnico Jair Picerni garante que não mudará o esquema de jogo do Azulão.
"A ousadia vai continuar fazendo parte do nosso planejamento. Um empate não faz parte do nosso projeto. Vamos para Curitiba para tentar ganhar a partida. Só vamos considerar o empate um bom resultado depois do jogo, mas esse não é o nosso projeto. Temos uma forma de jogar e não vamos mudá-la", garantiu o treinador.
Se o São Caetano garante que vai partir para cima do adversário, o pensamento no Atlético-PR não é diferente. Dono do melhor ataque do Brasileirão com 63 gols marcados, o Furacão quer se aproveitar do fato de jogar a primeira partida em casa para acabar com a vantagem do Azulão.
Nem mesmo o desfalque do artilheiro Kléber, autor de 17 gols no campeonato, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, é motivo de preocupação.
É que o substituto de Kléber será Ilan. Neste Brasileirão, ele jogou três partidas ao lado de Alex Mineiro. Nesses jogos, o Furacão marcou 11 gols _ nas vitórias sobre Santa Cruz (5 a 1) e Ponte Preta (5 a 1) e no empate contra o Paraná (1 a 1) _, o que dá uma excelente média de 3,6 gols por partida.
Para a primeira final, o São Caetano ganhou dois problemas de última hora e pode entrar em campo desfalcado de Anaílson, destaque do time no campeonato, e Serginho.
A situação do atacante é mais complicada. Anaílson sofreu um estiramento no ligamento do joelho direito no treino de sexta-feira e corre contra o tempo para se recuperar. Um teste no hotel na manhã deste domingo definirá ou não a sua participação na decisão.
Já o volante Serginho está com uma forte lombalgia e garante que só joga se estiver 100%. "É melhor ficar de fora do que prejudicar o time", afirmou depois do treino de sábado. Apesar disso, o médico Paulo Forte está otimista e acredita na escalação dos dois jogadores.
No Atlético-PR, o único desfalque será mesmo Kléber. Os zagueiros Nem e Gustavo, o volante Cocito e o atacante Alex Mineiro, que freqüentaram o departamento médico durante a semana, estão recuperados e liberados para a partida.
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Atlético-PR
X
São Caetano
Local
Arena da Baixada (Curitiba)
Juiz
Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS).
Horário:
16h
Atlético-PR
Flávio; Rogério
Corrêa, Nem e Gustavo; Alessandro, Cocito, Kléberson, Adriano
e Fabiano; Ilan e Alex Mineiro - Técnico: Geninho.
São Caetano
Sílvio Luiz, Mancini, Daniel, Dininho
e Marcos Paulo; Simão, Serginho (Marlon), Adãozinho e Esquerdinha;
Anaílson (Muller) e Magrão - Técnico: Jair Picerni.