Curitiba - O técnico Geninho comparou a movimentação do São Caetano com o "Carrossel Holandês", vice-campeão da Copa do Mundo de 1974. “Tem algumas semelhanças. Na seleção da Holanda, do técnico Rinus Mitchel, os zagueiros, os laterais, os volantes se transformavam em atacantes e os atacantes em zagueiros com uma facilidade muito grande. E a mobilidade da equipe do São Caetano é muito grande. Você vê que os volantes do São Caetano saem para o jogo, os laterais saem para o apoio. Há uma movimentação muito grande entre meias e atacantes. Todo mundo rodando, ninguém joga para um lado só.”
O treinador atleticano sabe o quanto é difícil enfrentar um time com essas características. “É preciso ter muita atenção e uma consciência tática muito grande. Se você se perder na mobilidade do São Caetano, você perde o jogo.”
De acordo com Geninho, para fazer um time rodar como o lendário Carrossel Holandês é preciso ter jogadores bem preparados física e tecnicamente. “É um tipo de jogo que exige demais da parte física, além da técnica, porque você passa de uma função para outra com muita facilidade.”
E Geninho já tem a receita para espremer a laranja do Azulão. “Eu faço uma adaptação de encaixe na marcação, de acordo com a mobilidade ou a formação do adversário. Mas a gente parte sempre da nossa atitude, do Atlético impor seu jogo.”
Por isso, o Atlético vai para cima do São Caetano, mesmo podendo até perder o jogo por um gol de diferença para ser campeão Brasileiro. “Temos que impor nosso jogo. Porque aí você cria problemas também para o adversário. Se você se preocupar apenas em marcá-lo, não se preocupar em jogar, agredi-lo, vai ser o jogo do gato e o rato. E invariavelmente, o gato ganha o jogo”, completa Geninho.