Buenos Aires - Jogadores do Racing, equipe que está a ponto de se tornar campeã do torneio Apertura do futebol argentino, participaram de manifestações populares de repúdio à política econômica e social do governo do presidente Fernando De la Rúa.
O meia Francisco Maciel e o atacante Martín Vitali disseram nesta quinta-feira à imprensa que, diante da crítica situação vivida pelo país e por milhões de seus compatriotas, sentiram a necessidade de sair às ruas e juntar-se às manifestações de protesto.
"Com toda a minha família saímos à rua batendo panelas. Acho que se chegou a um ponto limite e é preciso estar do lado do povo, que é o que sofre com tudo isto", comentou Maciel à agência estatal de notícias, Télam.
O atacante Vitali disse que a manifestação popular que aconteceu na noite da quinta-feira, paralela a um discurso do presidente De la Rúa, o surpreendeu quando voltava à sua casa. “Estava em meu carro voltando para casa quando as pessoas começaram a sair às ruas e certamente os acompanhei tocando a buzina do carro constantemente. A verdade é que praticamente fiquei sem bateria", disse.
"Nós, jogadores de futebol, somos pessoas, temos família e amigos e não estamos isentos do que se passa no país, onde a crise econômica afeta a todos", comentou Vitali.
Apesar de ainda não saber se será disputada a última rodada do torneio neste fim de semana, os jogadores do Racing se concentraram nesta quinta.
O Racing jogará no domingo, fora de casa, com o Vélez Sarsfield e será campeão se conseguir um empate ou se o River Plate perder para o Rosário Central.